.

.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

DOIS SÃO PRESOS ACUSADOS DE AMARRAR E JOGAR ADOLESCENTE EM RIBEIRÃO

Luiz Guilherme Bannwart
Keverton foi preso pela Polícia Civil no bairro Sindicato

Keverton e Pretinho do Sindicato devem responder por tortura e tentativa de homicídio, além do tráfico de drogas

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira, em Santo Antônio da Platina, dois acusados de terem agredido, amarrado e jogado um adolescente de 15 anos dentro do Ribeirão Boi Pintado, no Jardim Altvater, no dia 5 deste mês.
Enquanto os policiais chegavam na 38ª Delegacia Regional de Polícia com Keverton Washington Moreira, 18 anos, preso no bairro Sindicato, eles perceberam que um comparsa, Carlos Roberto Correia da Silva, 19 anos, o Pretinho do Sindicato, estava a cavalo, a cerca de 100 metros da delegacia, observando a operação policial. Ele também foi capturado e conduzido à delegacia.
Além das agressões, Keverton e Carlos devem responder pelos crimes de tortura e tentativa de homicídio, pois segundo depoimento do socorrista, o soldado Alex Junior, dos Bombeiros, se o atendimento demorasse o garoto não resistiria. "Já fazia 2 horas que ele estava na água poluída, com vários cortes e pouca roupa. Além do risco de infecções, ele também já estava entrando em hipotermia e poderia morrer de frio", contou o soldado Alex Junior, do Corpo de Bombeiros.
O menino contou que foi levado para um matagal por três pessoas por volta das 19h. Ele foi espancado, levou pauladas na cabeça e teve os braços e pernas amarrados. Não contentes, os homens ainda jogaram o adolescente na água. O crime, segundo o próprio garoto, ocorreu por conta de dívidas com drogas. Havia quatro meses que ele morava com o pai na cidade. Ele teve que se mudar de Joaquim Távora, onde morava com a mãe, após ameaças de morte.
O delegado Tristão Antônio Borborema de Carvalho instaurou inquérito policial para apurar a tentativa de homicídio, tortura e tráfico de drogas.
As investigações, que contam com provas sigilosas, levaram a prisão da dupla. Um terceiro elemento que teria auxiliado, ainda não foi identificado. Segundo apurado, Keverton, o “bói” seria o mentor do crime e contou com apoio de Carlos Roberto, o “pretinho” e mais um envolvido que será investigado.
Tristão ainda tem 30 dias para terminar o inquérito policial e disse que irá pedir a prisão preventiva dos autores. “É inadmissível que fatos como esses se disseminem impunemente em qualquer lugar, principalmente em cidades de médio e menor porte. Tentar impor medo e força com atos de terror contra usuários e traficantes menores dá contornos de criminalidade organizada e tentativa de hegemonia na venda de drogas. Cortamos o mal pela raiz” assevera o delegado.
Carlos tem passagens por roubo e homicídio, tendo saído da prisão em fevereiro deste ano. Já Keverton tem passagens enquanto adolescente por tráfico e dano ao patrimônio público.

Nenhum comentário:

Postar um comentário